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Nossa história

Unidas por um propósito de vida, ao descobrirem que ambas tinham filhos atípicos,
Rosângela e Patrícia resolveram ter uma breve conversa quando cursavam Psicologia. Uma tem filho com TDAH e a outra com uma filha autista.

“Olha, quem sabe ainda montamos juntas uma clínica para crianças”

- foi o comentário de Patrícia, mas de início Rosângela não levou a sério...

Rosângela Batista

Amor de mãe: A saga da neuropsicóloga que se graduou para ajudar o filho

Rosângela Batista é neuropsicóloga pela USP, especialista em terapia
cognitivo-comportamental, transtorno do espectro autista (TEA) e TDAH pelo CBI of Miami
em neurociência pela PUC e membro do grupo de pesquisa "Transtorno do Espectro Autista (TEA): da infância à fase adulta" pelo Instituto de Psicologia da USP. Mas antes de tudo isso, é mãe do Vinícius e do João Vitor. A maternidade foi justamente o primeiro passo para o início da sua trajetória na psicologia. “Meu filho Vinícius, aos dois anos de idade, começou a demonstrar que tinha alguma coisa fora do padrão de normalidade, nesse momento começaram minhas buscas por ajuda médica e psicológica. Na escola onde eu não encontrava nenhum direcionamento, diziam que o problema era psicológico. Os médicos não detectaram nada em exames de imagem e eu não encontrei nenhum profissional que me direcionasse e me ajudasse a entender o que acontecia com ele”, comenta. Durante os longos sete anos que passou buscando por respostas, o interesse e paixão pelo universo da psicologia cresceu dentro de Rosângela e a motivou a estudar o curso. A psicologia foi a peça-chave para o entendimento do diagnóstico de TDAH e o
direcionamento do tratamento que Vinicius deveria fazer. Disposta a expandir o conhecimento e ajudar outras mães que vivem a mesma situação, decidiu se especializar
em diferentes áreas da neuropsicologia para que pudesse dar as respostas que um dia
procurou. Para essas mães, pontua os seguintes conselhos:
1. Atentar-se ao desenvolvimento do filho na escola e o feedback dos educadores

2. Buscar por informação sobre os transtornos pressupostos
3. Procurar profissionais e clínicas especializadas capazes de identificar e efetuar os
procedimentos adequados.
Rosângela também é mãe de João Victor, diagnosticado com epilepsia rolândica
identificada através de seus estudos em neuropsicologia. Com o diagnóstico precoce e o
tratamento devido, João não tem mais crises epilépticas e vive sem a necessidade de tomar
remédios. Hoje, a pesquisadora atende adolescentes e adultos com problemas de saúde
mental e transtornos de personalidade na clínica Mundo NeuroPsi, fundada por ela e sua
sócia, Patrícia Gonçalves, em São Paulo, e vive o momento que sempre sonhou: Assiste
seus filhos crescerem, trabalharem, estudarem e conviverem em harmonia com o
diagnóstico sem maiores complicações.

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“Me formei em psicologia para entender e ajudar o meu filho”

Patrícia Gonçalves

Clínica Mundo Neuropsi: Propósito, valores e missão

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“ A psicóloga Patrícia contou sua história de vida. que a motivou a trabalhar com crianças dentro do espctro autista”

Patricia quis ser psicóloga desde os 7 anos de idade. Nunca desistiu ou optou por outra profissão. Aos 19 anos, entrou na Universidade Presbiteriana Mackenzie, período em que pensava até em trabalhar com adultos na área da psicanálise.

No entanto, outra causa a escolheu; aos 35 anos, quando sua filha nasceu, foi diagnosticada com autismo em uma
época em que as informações sobre a doença não existiam como hoje. Desde os primeiros meses, a mãe já havia percebido alguns sinais, e logo começou a difícil jornada atrás do diagnóstico. Somente por volta dos 5 anos Patrícia conseguiu a certeza de saber o que era.

“Quando você tem uma criança com autismo, você aprende a valorizar as pequenas coisas que antes não se importava”. A psicóloga explicou que parece um “passe de mágica” quando o seu filho fala e come sozinho, mas na verdade tudo isso é muito complexo para uma criança com autismo. Por isso, cada palavra e cada evolução escolar é uma alegria muito grande. Patrícia diz que existem vários tipos de autismo e que os sinais podem variar Até os 2 anos, as crianças seguem todos os marcos do desenvolvimento socioemocional. A partir dessa idade, algumas começam a ter uma regressão do seu desenvolvimento, a não atender quando chamada pelo nome, andam na ponta dos pés, começam a enfileirar objetos, apresentam indícios de desintegração sensorial, tapam os ouvidos diante de alguns barulhos. Esses são alguns dos sinais de autismo. A psicóloga afirma que o principal sinal que os pais vão notar nas crianças é o atraso da fala e o primeiro profissional que ela indica é um psiquiatra, que solicitará exames para descartar hipóteses orgânicas. Esse profissional é o que estuda o desenvolvimento humano infantil a partir da construção cognitiva da criança.
O psicólogo, por sua vez, pode fazer avaliações e levantar os marcos cognitivo emocionais que não estão dentro do esperado para a idade. Com a avaliação neuropsicológica bem feita, os serviços para outros profissionais podem ser encaminhados. “Essas crianças são as melhores pessoas que eu já conheci aos meus 51 anos”

Patrícia comentou que se sente muito privilegiada em trabalhar com os autistas, justamente por serem pessoas “sem maldade"

O que lhe empolga e faz seguir seu trabalho com muita felicidade é ver uma criança evoluindo, e junto a isso, os seus pais orgulhosos em acompanharem cada passo.

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